Para promover a iniciação dos alunos no mundo da inovação, o Centro de Educação em Tempo Integral (CEDIN) Emílio Gazaniga, do bairro Cidade Nova, promove atividades para resolução de problemas referentes a questões ambientais, clima organizacional escolar e melhorias para a cidade. O “Projeto Inovação G: Fazer para aprender e conhecer” atende, desde o começo do ano até agora, 16 estudantes de 12 a 14 anos. Entre as iniciativas estão os trabalhos “Nossas Praias Sustentáveis” e “Caverna do Conhecimento”, que foram apresentados nesta quinta-feira (21), no encerramento do semestre letivo, para os pais e demais estudantes da unidade.
Coordenados pelo professor Edegilson de Souza, os projetos têm como base as competências gerais preconizadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O projeto “Nossas Praias Sustentáveis”, por exemplo, tem como objetivo desenvolver um conceito artístico de coletora de resíduos descartados pelos frequentadores das praias de Itajaí, com espaços para vidros, plásticos, papéis e latas. O formato da coletora expressa um dos símbolos da cidade: um navio.
“Através deste projeto conseguimos trabalhar com os alunos três dimensões: artística, ambiental e econômica, uma vez que visa promover a coleta seletiva dos resíduos descartados nas praias da cidade e a geração de renda aos catadores de resíduos, de forma mais segura e eficiente. Nossa intenção é apresentar o nosso protótipo para a Secretaria de Obras e avaliar a possibilidade de colocá-lo em prática”, destacou o professor Edegilson de Souza.
Outro projeto, “Caverna do Conhecimento”, foi montado em uma sala do CEDIN com jogo de luzes, cores e sons. O espaço promove uma viagem no tempo, há mais de 400 mil anos, desde a época antes do homo sapiens até os dias atuais, passando pela transformação da comunicação e dos meios de transporte. Da pedra na ponta da lança até o homem na lua; das caravelas até as naves espaciais; das pinturas rupestres até a comunicação atual, com a internet e o cinema.
“Esse espaço mexe com o imaginário, com a fantasia e desperta a ciência, o conhecimento e a inovação em todos aqueles que vierem visitar. A nossa intenção é, a partir de agosto, abrir a Caverna do Conhecimento para que os alunos de outras unidades escolares possam fazer essa imersão na aprendizagem”, afirmou a diretora do CEDIN, Maristela Nunes Alfredo.
Tudo que está no local foi produzido pelos alunos da unidade com supervisão do professor Edegilson. Para a confecção de muitos dos materiais, foram utilizados recicláveis, como os bancos feitos a partir de garrafas pet. “Em cada um dos banquinhos (pufes) utilizamos 7 garrafas pet. Como fizemos 20 pufes significa que retiramos 140 garrafas pet de 2 litros do meio ambiente”, complementou o professor.
“Foram dois meses para conseguir construir esse espaço. Muita aprendizagem no processo, algo que nunca tinha vivenciado anteriormente”, contou o estudante Arthur Cardoso Silveira.