A ambientalista Nara Guichon, de Florianópolis, esteve na manhã desta sexta-feira (15) na Escola Básica Aníbal César, do bairro São Vicente, para uma conversa com os alunos dos quintos anos. Durante o mês de aniversário de Itajaí, os estudantes escolheram a temática oceano para realizar os estudos. Com auxílio da professora de Arte Contemporânea, da Educação Integral, Silvana Maria da Rocha, eles pesquisaram sobre a importância de preservar os mares e rios, barcos e redes de pesca e chegaram até o trabalho da ambientalista, que faz artesanato a partir da reutilização destes materiais, com reconhecimento mundial.
“O nosso mantra tem sido: cada sacola usada aqui é um bicho vivo lá no oceano”, destacou a docente.
A convite da direção da escola, Nara veio a Itajaí para uma manhã diferente com os alunos. No primeiro momento, foi feita uma sensibilização, quando foi lançada a pergunta: “Eu sou a voz do oceano. O que dizer para a humanidade?”. A partir daí surgiram várias frases, que foram depositadas dentro de garrafinhas pet e penduradas numa rede de pesca, formando uma árvore do oceano. “Joguem lixo no lixo, não em mim”, “Ajude-me, estou poluído” e “Eu sou a sua vida” foram algumas frases escritas pelos alunos. A ambientalista também participou da atividade e deixou o seu recado: “Sou sua casa maior. Me tratem como a sua casa menor”.
Na sequência, todos puderam conhecer o trabalho desenvolvido pelos alunos em uma visitação à exposição “Oceano Vivo”, feita a partir de materiais recicláveis, como caixas de leite e redes de pesca. O Grupo Cambaqui, composto por professores da Educação Integral da Escola Básica Aníbal César, animaram o momento. O ponto alto foi a apresentação da canção “Sou Itajaí-Açu”, de autoria dos professores. Para conferir a música, é só clicar aqui.
“O nosso objetivo com tudo isso foi promover uma mudança na ação humana, instruindo os nossos alunos desde pequenos. Que a nossa casa seja respeitada, a começar pelos cuidados com o nosso rio, como muito bem enfatiza a música do grupo Cambaqui. Com ações deste nível, a gente consegue atingir toda comunidade escolar. Foram 1.517 alunos, 44 turmas e 125 funcionários aprendendo e ensinando sobre a importância de preservar o nosso meio ambiente e os nossos mares”, declarou a diretora da unidade, Elenice Furtado.
Depois, em um outro espaço, a ambientalista falou para os estudantes sobre o seu trabalho e todos puderam assistir ao documentário, que retrata um pouco da luta de Nara Guichon. “Essas ações são necessárias porque nesta idade é muito mais fácil sensibilizar uma pessoa. Pelas devolutivas que tenho ouvido ao longo deste dia já deu para perceber que todos captaram a mensagem com muito significado. Saio daqui satisfeita, com mais uma semente plantada em favor do nosso planeta, do nosso meio ambiente”, comemorou a ambientalista.
“Eu aprendi que não devemos nunca jogar lixo nas ruas, porque isso vai ser diretamente levado para os nossos rios e, consequentemente, para os oceanos”, comentou o estudante Luiz Ricardo Peixer.
O encontro terminou com um café sustentável feito com produtos orgânicos, produzidos pelos alunos da educação integral da escola, e com o plantio de uma árvore nativa de Ipê Amarelo, qe simboliza o ato de plantar água e futuro.